Série Economia e Meio Ambiente | Por Luciana Lara Sena Lima
A falta de matéria-prima para empresas de produção de plástico, no Brasil, teve seu início em 2020 por causa da pandemia provocada pela Covid-19 (Coronavírus), porém, segue como um problema em 2021.
A falta de resina, que é a base para a produção dos plásticos, tem afetado esse setor produtivo.
De acordo com levantamento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em novembro de 2020, 75% das indústrias de transformação no país enfrentaram dificuldades para conseguir insumos, sendo que, 54% delas tiveram problemas para atender os clientes.
A escassez da matéria-prima impôs um freio ao crescimento da indústria. Insumos como papelão, plástico, alumínio e vidro estão em falta nas linhas de produção, segurando a expansão de muitos segmentos no momento.
As indústrias produtoras de plásticos têm sofrido sobremaneira com a falta de fornecimento dos insumos, consequentemente, reduzido o nível de produção, o que causa desabastecimento, além de problemas para setores da economia como supermercados e restaurantes, que dependem das sacolas plásticas para embalar produtos ou para fazer entregas por delivery.
Já estão faltando sacolinhas nos supermercados (nas cidades brasileiras que ainda não as aboliram), e algumas redes já têm solicitado aos clientes que levem de casa sacolas retornáveis ou usem caixas de papelão para embalar as compras.
Já passaram por isso?
A tendência é que essa escassez irá perdurar.
Os dirigentes da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (ADIRPLAST) já se manifestaram no sentido de que a escassez de insumos plásticos pode perdurar até 2022.
Preocupante, não é mesmo?
Pois com a falta de insumos, consequentemente, reduz-se da produção e os valores finais são repassados aos consumidores.
Em Goiás, mais de 280 empresas trabalham com produção de materiais plásticos, porém o impacto não é apenas para elas, sendo distribuído no setor produtivo onde se depende em um nível de embalagens. Já o estado da Bahia possui ao todo 220 indústrias de plástico em operação.
Se formos analisar a realidade brasileira, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) representa, atualmente, um total de 12 mil empresas ligadas ao setor e há cerca de 325 mil profissionais na área.
Mas já existem algumas iniciativas pensando em amenizar essa situação.
O Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia (Sindiplasba) implementou o Programa Banco de Resinas que tenta contornar os impactos da ausência de matéria-prima e conta com 33 empresas associadas ao sindicato, representando 95% do Produto Interno Bruto (PIB) do plástico no estado.
Iniciativas como essas terão cada vez mais aderência e espaço até que se contorne essa situação. Os setores precisam se adaptar à essa nova realidade imposta pela pandemia.
E sua empresa, está preparada?
Advogada. Sócia do Lara Martins Advogados. Doutoranda em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa (UAL). Mestra em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2015). Especialização em andamento em Direito Ambiental (2021). Especialista em Direito Público pela Universidade Cândido Mendes (2014). Especialista em Direito Processual Civil pela Uniderp – Anhanguera LFG (2014) e especialista em Formação em Ensino à Distância pela Universidade Paulista (2018). Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2012). Intercâmbio Acadêmico realizado na Universidad de Sevilla (2010).