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O primeiro semestre de 2022 totalizou 390 pedidos de recuperação judicial no Brasil, representando uma queda de 14% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O dado é de um levantamento da Serasa Experian. Segundo Filipe Denki, secretário adjunto no Conselho da OAB, a razão da queda é incerta. “Entre os possíveis motivos está a insegurança quanto à lei, que passou por uma reforma substancial no final de 2020”, diz. Já Fernando Brandariz, especialista em Direito Empresarial, afirma que negociações diretas entre devedores e credores ajudam na explicação do fenômeno.

Quanto às previsões para os pedidos em 2023, o cenário parece ainda mais incerto. Denki aposta em um súbito aumento nesse período. “Esse aumento é esperado desde 2020. Não se sabe quando, mas ele virá. Os principais motivos são a retração do PIB e a taxa Selic e inflação elevados”, comenta. Brandariz está mais otimista, indicando a liberação de auxílios do governo como um fator importante. “Terá como consequência o consumo, por isso, é possível que não tenhamos um aumento de pedidos de recuperação”, afirma o advogado.

 

*Essa nota saiu primeiro no portal Veja – Coluna Radar Econômico