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Por Nycolle Soares

 

Até aqui já falamos sobre as dificuldades, multas e sanções, e sobre por “onde” seria o melhor “lugar” para começarmos uma adequação à LGPD. Agora, vamos falar sobre o que é preciso para começar.

Primeiro ponto para começar é ter em mente que, quando falamos de transformação digital, estamos falando de pessoas. Isso mesmo, vamos precisar, principalmente, de pessoas. Não há como iniciar esse movimento sem saber se existem pessoas capacitadas para isso dentro da sua organização.

Esse deve ser, sem dúvida alguma, o ponto de partida, “escalar o elenco” que irá conduzir e realizar esse trabalho. Já vislumbramos alguns cenários quanto a isso. É possível que a organização, a depender do seu nível de maturidade e do seu ramo de atuação, já possua pessoas capacitadas para desenvolver esse trabalho.

Em outros casos, a organização pode não possuir um time inteiro que conseguirá desenvolver esse projeto, mas existem profissionais com expertises correlatas que poderão acompanhar, e se tornar o elo de ligação entre o time que conduzirá as atividades relacionadas à adequação e a organização. Um exemplo disso, são as empresas que já atuam com áreas específicas para gestão de projetos, o que acaba sendo de grande valia.

Um terceiro cenário que é bastante comum, é o das organizações que não possuem qualquer tipo de familiaridade com o assunto e não desenvolvem qualquer tipo de atividade que possa complementar o início e a condução do projeto. Nesses casos, a contratação de pessoas que possam trabalhar com foco na LGPD, ou a escolha de um prestador de serviços que tenha expertise na área, acabam sendo inevitáveis.

Ainda assim, é preciso deixar muito claro que, mesmo com a contratação de uma consultoria ou de um time inteiro para compor o quadro de colaboradores, e que tenham como foco o trabalho com a LGPD, será necessário que gestores e tomadores de decisão de outras áreas também se envolvam nisso.

A partir do momento em que for possível identificar quem “fará o que”, o trabalho poderá começar. Então não seria exagero dizer que apesar de estarmos falando de uma legislação com uma forte relação com a tecnologia, nesse caos, as pessoas continuam sendo imprescindíveis. Mesmo quando a escolha girar em torno de uma solução tecnológica, como um software, por exemplo, é preciso que alguém que tenha condições de delimitar quais são os critérios para aquela decisão e que aponte, então, qual será a melhor alternativa para a organização.

Pessoas que conheçam a organização ou que estejam dispostas a conhecer de fato o seu funcionamento, são imprescindíveis, e como sei que isso não fosse difícil o suficiente de encontrar, ainda é preciso que essas pessoas estejam capacitadas para entender as exigências e necessidades impostas pela LGPD.

No fim, mais uma vez, não será exagero reforçar que para começar, é preciso pessoas.